segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

COP15 - Começa Hoje


Começa Hoje a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP15.
O futuro da luta contra o aquecimento global começa a ser definido na cidade das bicicletas, Copenhagen, que recebe até 18 de dezembro a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas
Saiba quem serão os protagonistas e os possíveis cenários da conferência...

Os protagonistas da conferência:

ESTADOS UNIDOS
Quem DEVE assumir papel fundamental nas Negociações:
Sem os Estados Unidos, segundo maior poluidor do mundo, um acordo efetivo é impossível. Após oito anos de governo George W. Bush, que não aceitava qualquer comprometimento com metas de redução de emissões, as chances nunca foram tão grandes de os EUA assinarem um acordo do tipo. O presidente Barack Obama declarou-se comprometido com a luta contra as mudanças climáticas e promete agir com vigor.

União Européia (UE)
Os 27 países da UE votam em bloco. Juntos, eles ficam em terceiro lugar no ranking dos maiores poluidores – por isso, é tão importante que se engajem. O fato de os países da UE, em grande parte, serem desenvolvidos também fará do bloco um dos principais protagonistas da COP15. Suas nações – especialmente França, Grã-Bretanha e Alemanha, mais comprometidos com a luta contra o aquecimento – poderão puxar os EUA para um acordo.

CHINA E ÍNDIA

Primeiro e quarto colocados entre os maiores emissores de CO2 do mundo, respectivamente, lideram o grupo de 130 países em desenvolvimento que resistem em adotar metas de cumprimento obrigatório. Acreditam que o mundo desenvolvido deve assumir a responsabilidade histórica pela situação do planeta, deixando as outras nações continuarem a se desenvolver. A prioridade seria o combate à fome e à pobreza.

BRASIL
Também tem papel significativo no grupo dos países em desenvolvimento, ao lado de China e Índia. Um outro trunfo, porém, coloca o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre as principais vozes da conferência: a Amazônia. O desmatamento é uma das maiores fontes de emissões de CO2. Entre os principais assuntos da COP15, estará o REDD (sigla em inglês para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação).


Possíveis Cenários:

Como podem terminar as avaliações em Copenhagen:

SEM ACORDO
- Um dos principais pesquisadores do aquecimento global, o americano James Hansen defende ser essa a melhor opção. Conforme ele, qualquer acordo será tão fraco que o fracasso da convenção seria melhor. Nesse caso, as negociações poderiam ser retomadas em 2010, no que foi apelidado de “COP15-bis”.

ALGUMAS DEFINIÇÕES
- Os líderes concordam apenas em alguns aspectos. Seria o acordo mais fraco.

IMPLEMENTAÇÃO DE UM ACORDO POLÍTICO
- Não teria validade legal internacional. Cada país decidiria suas próprias metas e como cumpri-las conforme as leis nacionais. Agrada aos EUA, mas países em desenvolvimento temem que as nações desenvolvidas usem suas leis para discriminar as importações com base nas emissões de CO2.

ACORDO ÚNICO (Protocolo de Copenhague)
- Substituiria o Protocolo de Kyoto e incluiria outras questões, como a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Países em desenvolvimento temem que essa opção seja uma manobra para abandonar toda a estrutura já incorporada por Kyoto – mais rigoroso com as nações ricas em detrimento das pobres – e criar um protocolo a partir do zero.

DOIS PROTOCOLOS
- Uma emenda ao Protocolo de Kyoto, aprimorando o que já foi definido e incluindo um acordo com metas de redução de emissões de cumprimento obrigatório. Opção defendida por muitos dos países em desenvolvimento.


via Zero Hora

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